Musicoterapia
Musicoterapia
é a utilização da música e/ou de seus elementos constituintes, ritmo,
melodia e harmonia, por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou
grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação,
relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros
objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. A
musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo
para que ele ou ela alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção,
reabilitação ou tratamento.
Indicações
Os
musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão
incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental,
paralisia cerebral,
dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos. O
trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde
multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais,
fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autônomo
realizado em consultório.
(Sala
de musicoterapia)
O
uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registros a
esse respeito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos.
Processo
O
processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos.
Alguns são receptivos, quando o musicoterapeuta toca música para o paciente.
Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades
motoras ou em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. Na
maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio
paciente toca os instrumentos musicais,
canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o
musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e
dos métodos que ele utiliza. Em alguns casos as sessões são gravadas e o
terapeuta realiza improvisações ou composições sobre os temas apresentados pelo
paciente. Alguns musicoterapeutas procuram interpretar musicalmente a música
produzida durante a sessão. Outros preferem métodos que utilizem apenas a
improvisação sem a necessidade de interpretação. Os objetivos da produção
durante uma sessão de musicoterapia são não-musicais, por isso não é necessário
que o paciente possua nenhum treinamento musical para que possa participar
deste tratamento.
O
musicoterapeuta, por outro lado, devido às habilidades necessárias à condução
do processo terapêutico, precisa ter proficiência em diversos instrumentos
musicais. Os mais usados são o violão, o piano
(ou outros instrumentos com teclado) e instrumentos de
percussão.
Musicoterapeuta
O
profissional responsável por conduzir o processo musicoterápico é chamado
musicoterapeuta. A formação desse profissional é feita em cursos de graduação em musicoterapia ou como especialização
para profissionais da área de música ou saúde
(músicos, professores
de música, médicos ou psicólogos). Em alguns países a musicoterapia
também pode ser parte de uma formação em arteterapia, que envolve, além da música, técnicas
de artes plásticas e dança.
A
formação do musicoterapeuta inclui teoria musical, canto,
prática em ao menos um instrumento harmônico (piano
ou violão), instrumentos melódicos (principalmente flauta) e percussão.
Também
faz parte da formação do musicoterapeuta o conhecimento da anatomia e fisiologia humana, psicologia, filosofia e noções de expressão artística,
expressão corporal, dança, técnicas grupais e métodos de educação musical
como o Método Orff
ou o Método Kodály.
O
dia do musicoterapeuta é comemorado no Brasil em 15 de setembro.
Estilos musicais
A
intervenção terapêutica pode vir associada à outras técnicas como relaxamento progressivo,
treinamento autógeno,
reiki, yoga ou acupuntura. Apesar de haver um sub-entendido
consenso sobre os benefícios da música clássica ou
a música psicodélica
eletrônica de sons contínuos ou no caso de acupuntura e yoga indiana associada à
meditação assim como a música da China é sabido que o efeito da música
sobre o paciente depende de sua história de convivência com os diversos estilos musicais por um processo de
condicionamento estético e/ou vivência por
ventura associadas.
Por
outro lado os musicoterapeutas na sua formação estudam os efeitos hipnóticos
dos ritmos repetidos a associação de rítmos ao transe e êxtase místico
e]ou o seu efeito sobre as emoções humanas, relativamente bem conhecidos como
por exemplo por produtores da música de filmes (suspense, ação, sensualidade,
etc) e peças teatrais incluindo a ópera. Recentemente uma das maiores aplicações dé
sucesso reconhecido da musicoterapia tem sido o tratamento da dor crõnica e
stresse pós traumático.
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